Há muito que não te toco
Há muito que não tenho inspiração para te mudar
Te mutar...
Elas voam lá no alto,
A dança à luz da anormalidade.
E tu longe, tão longe,
Não te consigo pensar,
Imaginar.
Não existes para mim,
Apenas existem os outros,
Esse meu novo vício.
E quando elas descerem,
Quando as respirarmos
Como numa tempestade de areia,
Os nossos olhos ficarão cobertos de poeira,
E as nossas bocas cheias das palavras,
Das palavras que deviam ter sido ditas.
E já não nos atingiremos,
Não teremos armas,
Porque tudo já passou,
Já morreu,
Já se afastou,
Já não existe.
28 maio 2006
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