Enquanto andava pelo vale da sombra da morte
Me recordei, e lembrei que já te senti antes.
Mas esqueci, adormeci...
E agora ao caminhar percebi que este corpo que habito não é meu,
Todo o chão que piso não é só chão,
Que todo o meu objectivo me ultrapassa,
Porque eu não sou minha propriedade.
Senti como que as feridas desse massacre
Estivessem a abrir, a dor penetrava,
Mas era para um bem maior,
Para o meu novo nascimento.
Então, andando pelas sombras,
Eu me recordei de antigos abraços,
De antigas sensações e a saudade apoderou-se de mim...
Recordei o cheiro, a brisa, os erros,
O afastamento.
Nos meus sonhos regresso a esse lugar,
Agora quase desaparecido da minha memória,
E consigo voltar a abraçar, a sentir,
Os meus irmãos, que partilham do mesmo objectivo transcendente.
Não é ilusão, aplica-se a esta realidade empobrecida.
Este corpo que habito não é meu,
Por isso quero mudar de rumo,
Deixar marca, nos espiritos, não no mundo.
14 maio 2006
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