31 maio 2006
My Tornado
Acertaste no ponto,
Porém não te quero.
És terrivel, um abismo
De carnificina espiritual.
Não basta o teu corpo,
O teu sentimentalismo,
Os teus presentes inesperados
E sempre tão bem guardados.
És difícil de satisfazer
De obter, de amar e de esquecer.
28 maio 2006
Fumo
Consigo ainda vislumbrar as noites em que apareceram sem avisar
Cada um com seu fato especial
Seu ar peculiar.
Tenho saudades desse tempo,
De interioridade.
Agora tudo morreu,
Assassinei a minha originalidade.
Quero recuperá-la mas não consigo,
É impossivel.
Sábado:
Chovia tão fortemente,
Ainda te lembras?
Foi uma confusão,
Contigo sempre foi tudo uma confusão,
De sentimentos, de sentidos, de movimentos.
Foi aí tenho certeza, não sei porquê,
Nunca se sabe.
Sexta:
Era noite,
Relembro os braços, os abraços,
A flor na lapela.
Foi a coisa mais inesquecível que alguma vez me fizeram,
Gostava, e eu gostava tanto de nós.
Quinta:
Foste a coisa mais terrivel que me aconteceu,
Nunca chorei tanto por ninguém,
Não esqueço, aquela Páscoa,
Não esqueço aquele sorriso.
Mas milhares de anos luz nos separam,
Milhares de possibilidades, de utopias.
Domingo:
Encontrei-te no acaso,
Não sei ainda o que és,
Só sei que existes,
És tu, sou eu,
São eles, e eles unem-nos.
Apenas...
Segunda:
Nunca foste ilusão,
Tudo em ti era racional,
Tão racional que não te conseguias exprimir,
E por isso foste
Sem antes deixares tua marca.
Terça:
O caminho mais acertado és tu,
Porém o menos excitante,
Tudo em ti é passado,
Tudo em ti é sagrado,
É fechado.
Quarta:
Exterioridade,
A tua casa, o teu cheiro,
Tua insuficiencia sentimental,
De avançar,
És criança demais para amar.
Não sei, não vejo.
Quem sabe talvez um dia, se homens se aves,
Alguém virá para nos encontrar.
De memórias desertas, cobertas de palavras mortas,
De folhas carbonizadas, dispersas pelo vento,
E pelo alento das nossas almas caladas.
Cada um com seu fato especial
Seu ar peculiar.
Tenho saudades desse tempo,
De interioridade.
Agora tudo morreu,
Assassinei a minha originalidade.
Quero recuperá-la mas não consigo,
É impossivel.
Sábado:
Chovia tão fortemente,
Ainda te lembras?
Foi uma confusão,
Contigo sempre foi tudo uma confusão,
De sentimentos, de sentidos, de movimentos.
Foi aí tenho certeza, não sei porquê,
Nunca se sabe.
Sexta:
Era noite,
Relembro os braços, os abraços,
A flor na lapela.
Foi a coisa mais inesquecível que alguma vez me fizeram,
Gostava, e eu gostava tanto de nós.
Quinta:
Foste a coisa mais terrivel que me aconteceu,
Nunca chorei tanto por ninguém,
Não esqueço, aquela Páscoa,
Não esqueço aquele sorriso.
Mas milhares de anos luz nos separam,
Milhares de possibilidades, de utopias.
Domingo:
Encontrei-te no acaso,
Não sei ainda o que és,
Só sei que existes,
És tu, sou eu,
São eles, e eles unem-nos.
Apenas...
Segunda:
Nunca foste ilusão,
Tudo em ti era racional,
Tão racional que não te conseguias exprimir,
E por isso foste
Sem antes deixares tua marca.
Terça:
O caminho mais acertado és tu,
Porém o menos excitante,
Tudo em ti é passado,
Tudo em ti é sagrado,
É fechado.
Quarta:
Exterioridade,
A tua casa, o teu cheiro,
Tua insuficiencia sentimental,
De avançar,
És criança demais para amar.
Não sei, não vejo.
Quem sabe talvez um dia, se homens se aves,
Alguém virá para nos encontrar.
De memórias desertas, cobertas de palavras mortas,
De folhas carbonizadas, dispersas pelo vento,
E pelo alento das nossas almas caladas.
Traças
Há muito que não te toco
Há muito que não tenho inspiração para te mudar
Te mutar...
Elas voam lá no alto,
A dança à luz da anormalidade.
E tu longe, tão longe,
Não te consigo pensar,
Imaginar.
Não existes para mim,
Apenas existem os outros,
Esse meu novo vício.
E quando elas descerem,
Quando as respirarmos
Como numa tempestade de areia,
Os nossos olhos ficarão cobertos de poeira,
E as nossas bocas cheias das palavras,
Das palavras que deviam ter sido ditas.
E já não nos atingiremos,
Não teremos armas,
Porque tudo já passou,
Já morreu,
Já se afastou,
Já não existe.
Há muito que não tenho inspiração para te mudar
Te mutar...
Elas voam lá no alto,
A dança à luz da anormalidade.
E tu longe, tão longe,
Não te consigo pensar,
Imaginar.
Não existes para mim,
Apenas existem os outros,
Esse meu novo vício.
E quando elas descerem,
Quando as respirarmos
Como numa tempestade de areia,
Os nossos olhos ficarão cobertos de poeira,
E as nossas bocas cheias das palavras,
Das palavras que deviam ter sido ditas.
E já não nos atingiremos,
Não teremos armas,
Porque tudo já passou,
Já morreu,
Já se afastou,
Já não existe.
14 maio 2006
Há harmonia.
Os fungos contaminam a parede,
Dançam descontentes,
lesionados, autistas!
São olhados de lado,
Desprezados pelo mundo ignorante.
E perguntam as horas
À porta da casa de banho,
E telefonam, sem saber a quem
Para obter respostas do além.
Já não têm familia,
Já não têm casa,
Dormem na rua,
Ao calor de um fogo sem brasas.
Queria um para mim,
Para cuidar, tratar,
Para preservar da pureza
Dos génios.
A doença é uma condição imposta
Por um Universo fechado
De gente mesquinha,
Dum ritmo descompassado.
Também eu sou doente
Por um passado,
Que não é meu,
Que foi ela que o quebrou,
Com a abominação da loucura,
Com o dominio da racionalidade.
Mas ela desapareceu e só permaneço eu...
Um fungo.
Dançam descontentes,
lesionados, autistas!
São olhados de lado,
Desprezados pelo mundo ignorante.
E perguntam as horas
À porta da casa de banho,
E telefonam, sem saber a quem
Para obter respostas do além.
Já não têm familia,
Já não têm casa,
Dormem na rua,
Ao calor de um fogo sem brasas.
Queria um para mim,
Para cuidar, tratar,
Para preservar da pureza
Dos génios.
A doença é uma condição imposta
Por um Universo fechado
De gente mesquinha,
Dum ritmo descompassado.
Também eu sou doente
Por um passado,
Que não é meu,
Que foi ela que o quebrou,
Com a abominação da loucura,
Com o dominio da racionalidade.
Mas ela desapareceu e só permaneço eu...
Um fungo.
Cheirava a terra, a chuva e a flores
Enquanto andava pelo vale da sombra da morte
Me recordei, e lembrei que já te senti antes.
Mas esqueci, adormeci...
E agora ao caminhar percebi que este corpo que habito não é meu,
Todo o chão que piso não é só chão,
Que todo o meu objectivo me ultrapassa,
Porque eu não sou minha propriedade.
Senti como que as feridas desse massacre
Estivessem a abrir, a dor penetrava,
Mas era para um bem maior,
Para o meu novo nascimento.
Então, andando pelas sombras,
Eu me recordei de antigos abraços,
De antigas sensações e a saudade apoderou-se de mim...
Recordei o cheiro, a brisa, os erros,
O afastamento.
Nos meus sonhos regresso a esse lugar,
Agora quase desaparecido da minha memória,
E consigo voltar a abraçar, a sentir,
Os meus irmãos, que partilham do mesmo objectivo transcendente.
Não é ilusão, aplica-se a esta realidade empobrecida.
Este corpo que habito não é meu,
Por isso quero mudar de rumo,
Deixar marca, nos espiritos, não no mundo.
Me recordei, e lembrei que já te senti antes.
Mas esqueci, adormeci...
E agora ao caminhar percebi que este corpo que habito não é meu,
Todo o chão que piso não é só chão,
Que todo o meu objectivo me ultrapassa,
Porque eu não sou minha propriedade.
Senti como que as feridas desse massacre
Estivessem a abrir, a dor penetrava,
Mas era para um bem maior,
Para o meu novo nascimento.
Então, andando pelas sombras,
Eu me recordei de antigos abraços,
De antigas sensações e a saudade apoderou-se de mim...
Recordei o cheiro, a brisa, os erros,
O afastamento.
Nos meus sonhos regresso a esse lugar,
Agora quase desaparecido da minha memória,
E consigo voltar a abraçar, a sentir,
Os meus irmãos, que partilham do mesmo objectivo transcendente.
Não é ilusão, aplica-se a esta realidade empobrecida.
Este corpo que habito não é meu,
Por isso quero mudar de rumo,
Deixar marca, nos espiritos, não no mundo.
08 maio 2006
Beast
I don't want to be like him
He's a beast...
I don't want to know anyone like him
He's a beast.
Fragile heart, cold hands
Hard look, tarnished head.
He's a beast.
He's a beast...
I don't want to know anyone like him
He's a beast.
Fragile heart, cold hands
Hard look, tarnished head.
He's a beast.
07 maio 2006
Destroy everything you touch
Destroy everything you touch today
Destroy me this way
Anything that may desert you
So it cannot hurt you
You only have to look behind you
At who's undermined you
Destroy everything you touch today
Destroy me this way
Everything you touch you don't feel
Do not know what you steal
Shakes your hand
Takes your gun
Wants you out of the sun
What you touch you don't feel
Do not know what you steal
Destroy everything you touch today
Please destroy me this way.
LT
Destroy me this way
Anything that may desert you
So it cannot hurt you
You only have to look behind you
At who's undermined you
Destroy everything you touch today
Destroy me this way
Everything you touch you don't feel
Do not know what you steal
Shakes your hand
Takes your gun
Wants you out of the sun
What you touch you don't feel
Do not know what you steal
Destroy everything you touch today
Please destroy me this way.
LT
03 maio 2006
Corcovado
Um cantinho, um violão,
Este amor, uma canção,
Pra fazer feliz a quem se ama
Muita calma pra pensar,
E ter tempo pra sonhar
Da janela, vê-se o Corcovado,
O Redentor, que lindo.
Quero a vida sempre assim,
Com você perto de mim,
Até o apagar da velha chama
E eu que era triste, Descrente desse mundo
Ao encontrar você eu conheci
O que é a felicidade, meu amor
Este amor, uma canção,
Pra fazer feliz a quem se ama
Muita calma pra pensar,
E ter tempo pra sonhar
Da janela, vê-se o Corcovado,
O Redentor, que lindo.
Quero a vida sempre assim,
Com você perto de mim,
Até o apagar da velha chama
E eu que era triste, Descrente desse mundo
Ao encontrar você eu conheci
O que é a felicidade, meu amor
02 maio 2006
By you're side
I’m not a material girl
And if I was, I’d got no chances with you.
I’m not a perfect mother
And if I was, you would let me all alone.
I’m not the sweetest housewife
But if I was, you would be tired of me.
I’m not the hardest sex machine
But if I was you would be frustrated.
I’m not the smartest person
But if I was I wouldn’t love you,
And you wouldn’t be able to persuade me.
And if I was, I’d got no chances with you.
I’m not a perfect mother
And if I was, you would let me all alone.
I’m not the sweetest housewife
But if I was, you would be tired of me.
I’m not the hardest sex machine
But if I was you would be frustrated.
I’m not the smartest person
But if I was I wouldn’t love you,
And you wouldn’t be able to persuade me.
MS
Freneticamente
Acordo...
Olho em volta, estou só...
É cedo.
Este é o meu paraíso...
A solidão sabe bem mas termina rapidamente.
Abro a janela e deixo o vento entrar,
Tocar em cada coisa que está à minha volta,
E toca também em mim.
Num segundo, em duas horas
O meu paraíso fica amaldiçoado...
É o meu inferno...
Fecho a janela, desço as escadas...
Só vejo humanos!
Deito-me na calçada e adormeço.
"As pessoas chiavam como ratos, e pegavam nas coisas e largavam-nas, e pegavam umas nas outras e largavam-se. Diziam: boa tarde, boa noite. E agarravam-se, e iam para a cama umas com as outras, e acordavam. Às vezes acordavam no meio da noite e agarravam-se freneticamente. Tenho medo - diziam. E depois amavam-se depressa, e lavavam-se, e diziam: boa noite, boa noite. (...) E no tal lugar, de manhã, as pessoas acordavam. Bom dia, bom dia. E desatavam a correr. É o meu inferno, é o meu paraíso, vai ser bom, vai ser horrível, está a crescer, faz-se homem. E a gente então comove-se, e apoia, e ama."
HH
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