02 abril 2006
Receita para impacientes...
Não brinco quando digo que você é imaturo,
Não brinco quando digo que você é incompreensível!
Não queria assim? Não está bom para si?
Talvez mais marcado, talvez gravado nas costas dos retornados…
Como prefere?
Espero o dia em que consiga voltar!
Isto aqui é quente e seco,
Custa a adormecer,
"Valha-lhe Deus! Está cego…"
Oh misericórdia financeira!
Tiraram-lhe tudo, até a vontade de ser feliz!
A vontade já não existe, é um mito,
Fraco, espetado, esfaqueado, degolado.
É a vingança da sua inspiração surda,
Não avança.
Somos dois tristes vácuos,
Temos em nós pequenos pedaços do nada,
Herança genética da estrada que nos leva à desgraça.
Não saiba a sua mão direita o que faz a sua mão esquerda.
Talvez seja melhor cortá-las, assim já não haverá perigo!
Já não haverá nada…
Corte-as!
Cave, escave, faça buracos!
Precisa do odor suave dos telhados,
De uma saída mais baixa,
De uma conversa demorada,
No carro, numa noite de trovoada!
O homem que vai tropeçando
Embalado pelo álcool,
Transmite-lhe a aniquilação do sentimento.
Que interessa o que traz consigo?
Há no seu ouvido uma voz terna e doce
Que lhe diz: “Amanhã acaba com a mentira,
Com a alegria mesquinha!”
Enfim…Acabe com a sua vida!
Você está doente…
Acho que devia parar de fumar…
Acho que deveria parar de falar…
Você está morto! Seu impaciente!
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