Tenho medo,
Terror de mim próprio,
Porque não consigo caminhar justamente,
Porque me perdi
E já não me encontro.
Tenho terror porque estou só,
Porque o barulho é tanto e a água vai subindo,
Porque já ninguém me salva,
De mim próprio,
Da minha mente,
Imaginação,
Fértil em perversão.
Tenho dias, talvez meses,
Mas tenho que fugir desta pele que me consome,
Desta carne que me queima,
E encontrar aquela outra alma,
Que este corpo fez abandonar.
Agora é muito mais difícil,
Deitei as minhas armas fora,
Estou sem protecção,
Apenas tenho as minhas mãos,
Que só servem para me asfixiar.
As marés estão desordenadas,
O vento está contra mim,
A minha boca tem medo das alturas,
Os meus olhos aterrorizam-se com a destruição,
Já não sabem distinguir o real da ficção.
Preciso encontrar-Te,
Aniquilar-me e
Renascer...
25 agosto 2006
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