Relembrar-te é como suster a respiração.
Recordar-te, naqueles dias, é como mergulhar
E deixar a água percorrer-me os pulmões, as veias, o coração.
Ter em minha mente o desejo do teu toque,
Do teu compromisso, é como caminhar sobre as pedras
Abandonadas à beira-mar,
Daquele mar que não nos diz nada.
A tua roupa, o teu caminhar,
Voltar atrás só para abraçar o momento,
Fazer votos,
Sonhar o futuro incompleto.
Tenho saudades desse frio,
Do gelar da racionalidade,
Saudades do calor da tua pele, do fervilhar da tempestade,
Na intemporalidade dos nossos ideais.
Que escondes tu
Por entre esses dedos,
No teu crânio primitivo
E brusco?
Há sempre uma palavra entre nós,
Uma ou talvez milhares delas,
Mas as palavras são pedras
E eu não as quero voltar a pisar.
Satisfazes-me na humilhação,
Compreendes-me pela separação,
Perturbas-me com a tua alegria.
Reencaminhas-me para a velha chama,
Para a mesma brisa,
Da mesma maneira que me dizes: "Vai!"
E eu deixo, e doi-me tanto,
Mas calo e vou continuando,
Vou gastando, vou amando.
01 junho 2006
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1 comentário:
a onda do teu blog é um misto de emo com indie! lol curto bueeess n_n! todo ele ( o blog) ta MT fixe =) ( mas pkék ninguem comenta??)
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