19 junho 2006
Alguém me ouviu?
Oh quão silênciosa é a minha vida,
Ele, o eterno Silêncio, presênciou o meu nascimento,
E encarnou em mim.
Em mim está o eterno Silêncio.
A minha voz calada, imunda,
Que alguém pôs dentro deste corpo
Não consegue superar o conforto
De dois lábios aparentemente cerrados,
Aparentemente inócuos.
Mas é então, nestes dedos gélidos,
Que ao tremor maquiavélico
Se pronunciam e se revelam,
Que permanece a força dessa muda voz.
É nas minhas palavras agudas
Na minha escrita desnuda
Que morre a minha voz,
E permanece esse sofoco atroz
De calar a amargura e a vontade
De te estimar.
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