13 setembro 2006

E voltaste?

Talvez amanhã te esqueças
Da porta que se tranca
Dos lençois que te separam
Da loucura branda.

Talvez amanhã suspires
Por tamanha alegria
Por tamanho ardor
De tanto sorrires.

Talvez amanhã ignores
O teu ouvido
Que tem permitido
Conheceres tantas dores.

Talvez amanhã compreendas
As amarguras
Mas talvez não te lembres
Que foste espectadora.

Talvez amanhã quando acordares
A meio da noite
Não espreites e não chores
Por aquilo que não mereces saber.

Talvez amanhã quando gritares
Alguém te salve
Do silêncio da inocência
Que te consumiu
Durante a vida.

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