06 janeiro 2006

Carta

Senhor,

Perdoe-me, pois é devido a si que estou louca, hoje reconheço a minha falta e venho confessá-la, arrojando-me a seus pés para obter perdão.
Que fiz eu, desgraçada? Depois de fatal excesso acreditará na minha constante e viva ternura? Oh, relicta, senhor. O grande amor que lhe professo perturbou o meu espirito e foi a causa dos erros que pode censurar-me.
Seja indulgente, se eu fui culpada, pois o meu arrependimento é maior do que a minha falta. Esta carta chegará às suas mãos molhadas em lágrimas e eu estarei inconsolável até o benedito momento em que se digne a perdoar o meu desvario.
Acredite-me; à minha submissão aos seus desvelos radicarei hoje mais a sinceridade do inalteravél amor que professo ao mais lindo, mais amável e generoso de todos os homens.
Esperando o seu perdão...

Maria

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