Talvez amanhã te esqueças
Da porta que se tranca
Dos lençois que te separam
Da loucura branda.
Talvez amanhã suspires
Por tamanha alegria
Por tamanho ardor
De tanto sorrires.
Talvez amanhã ignores
O teu ouvido
Que tem permitido
Conheceres tantas dores.
Talvez amanhã compreendas
As amarguras
Mas talvez não te lembres
Que foste espectadora.
Talvez amanhã quando acordares
A meio da noite
Não espreites e não chores
Por aquilo que não mereces saber.
Talvez amanhã quando gritares
Alguém te salve
Do silêncio da inocência
Que te consumiu
Durante a vida.
13 setembro 2006
12 setembro 2006
À deriva na floresta
Aquele oceano tão seco
Do que não aconteceu
Foi berço que nos embalou
No barco frágil,
Como o céu que se deixou rasgar
Por nossos rastos de luz.
A madrugada ruidosa,
O calor das ondas
Do corpo teu
Que emana o passado
Esquecido entre nós,
Para todo o sempre.
Foram estrelas, foram pássaros,
Foi solidão, foi saudade,
Fomos nós a verdade,
Daquela viagem sem tempo,
Daquilo que idealizámos,
Daquilo que desprezámos,
Mas que foi bom em nossos pensamentos.
Rua do Sol Nascente
Quem me dera que também tua conhecesses esta sensação,
Explorasses comigo esta rua,
Do amor pelo Outono,
Pela calçada húmida.
Aqueles vestigios de outros tempos,
De outras saudades já sentidas,
Quem dera que tu sentisses a sua presença,
Que conseguisses perceber a respiração do Universo, ali.
Os batimentos do coração do Mundo
São mais fortes aqui nesta rua,
Em que as folhas se colam à estrada
Pela força das gotas de chuva.
O cheiro a suor da Terra aqui é mais intenso,
As luses da rua ainda acesas, e sempre acesas,
O céu carregado de nuvens,
E de rosas e laranjas.
Ainda quero que sintas isto comigo,
Ainda quero que agarres esta sensação,
Ainda te quero mostrar como é esta rua,
O número 4 do Sol Nascente do meu coração!
Explorasses comigo esta rua,
Do amor pelo Outono,
Pela calçada húmida.
Aqueles vestigios de outros tempos,
De outras saudades já sentidas,
Quem dera que tu sentisses a sua presença,
Que conseguisses perceber a respiração do Universo, ali.
Os batimentos do coração do Mundo
São mais fortes aqui nesta rua,
Em que as folhas se colam à estrada
Pela força das gotas de chuva.
O cheiro a suor da Terra aqui é mais intenso,
As luses da rua ainda acesas, e sempre acesas,
O céu carregado de nuvens,
E de rosas e laranjas.
Ainda quero que sintas isto comigo,
Ainda quero que agarres esta sensação,
Ainda te quero mostrar como é esta rua,
O número 4 do Sol Nascente do meu coração!
08 setembro 2006
Maçã
Quem é homem de bem não trai
O amor que lhe quer seu bem
Quem diz muito que vai, não vai
Assim como não vai, não vem
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
O dinheiro de quem não dá
É o trabalho de quem não tem
Capoeira que é bom não cai
Mas se um dia ele cai, cai bem
Capoeira me mandou dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou vai ter briga de amor
Tristeza, camará
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