23 março 2006

Amor electrónico



A ti minha querida,
Minha andróide,
A ti dedico estes versos,
Porque nunca os poderás compreender…

Tanto que eu te amo,
Ao ver-te passar,
Calma, metálica,
Na tua rotina diária…

Em ti apenas se vêem
Vestígios de engrenagens.
O teu coração jamais existiu,
É apenas um chip sem ligações metafísicas.

Gosto tanto de falar contigo,
De te questionar,
Gosto de ouvir as tuas respostas,
Gosto dessa tua voz robótica.

Tanto que eu te amo,
Ao ver que ficas imune à minha loucura,
Á loucura do tempo.
Para ti um segundo são séculos,
E o mundo é um circuito integrado.

Amo-te por não me amares,
Amo-te por me ignorares.
Amo-te mas não devo…

1 comentário:

oddwan disse...

fuckin' genious!