29 março 2006
26 março 2006
Péssimo
A euforia da feira das vaidades
Deixa muitas saudades.
Onde poderemos ser nós mais cobiçados senão lá?
Metrópole da sedução
Que anula a emoção das coisas simples.
Queremos sempre mais.
Fogo nos dedos deixa tocar a ingenuidade dos segredos.
Há amnésia constante daquilo que somos,
Tornando-nos loucos sem destino.
25 março 2006
Parr-á-pluie
Je te tiens, chaudement dans mes bras
Écoute la pluie qui frappe sur les fenêtres
J'ai perdu la puissance de la solitude
L'invincibilité de l'homme sans coeur
Maintenant j'ai peur
Á cause de toi, je suis faible comme dans un rêve
De la douceur de mon avenir avec toi
Je te tiens chaudement
C'est mieux, n'est-ce pas
Et au dehors il fait froid
Pourquoi tu pars
KC
23 março 2006
Amor electrónico
A ti minha querida,
Minha andróide,
A ti dedico estes versos,
Porque nunca os poderás compreender…
Tanto que eu te amo,
Ao ver-te passar,
Calma, metálica,
Na tua rotina diária…
Em ti apenas se vêem
Vestígios de engrenagens.
O teu coração jamais existiu,
É apenas um chip sem ligações metafísicas.
Gosto tanto de falar contigo,
De te questionar,
Gosto de ouvir as tuas respostas,
Gosto dessa tua voz robótica.
Tanto que eu te amo,
Ao ver que ficas imune à minha loucura,
Á loucura do tempo.
Para ti um segundo são séculos,
E o mundo é um circuito integrado.
Amo-te por não me amares,
Amo-te por me ignorares.
Amo-te mas não devo…
18 março 2006
Valsa quase antidepressiva
Dança comigo a primeira valsa da Primavera
Dança sem sonhos,
Esquece a promessa
Ninguém nos espera.
Já enchi os dias de lutas vazias
Estou gasto, cansado, dormente
E a um pouco de sexo ou muita poesia
Ainda não fico indiferente.
Fala comigo na palavara falsa da fantasia
Chovem amigos na festa da praça do meio dia
É certo que as flores parecem maiores
Que toda a virtude do mundo.
Com um pouco de sexo ou muita poesia
Ainda me sinto profundo.
Se este mundo fosse feito para ser doce
Eu seria doce
Fosse eu quem fosse...
Foge comigo na última volta da maratona
Nada comigo no lago indeciso de metadona.
Já deixei as asas na cave da casa
E as chaves no fundo do mar
Com um pouco de sexo ou muita poesia
Ainda nos vamos casar.
JPS
15 março 2006
Devendra
I don’t want anything
I’m okay being nothing
Sharing everything with anyone.
I like to stay alone
Watching my window
Breathing the smoke of your cigarette.
Are we going to stay like this forever?
Are we going to be brothers forever?
Are you going to hell or going to heaven?
That tree is growing up, is becoming old
Like us, reaching the seas.
The lights are on
Let’s go home…
Breathe this air of happiness
The smoke of your smile, of our souls
The smoke we always breathe.
10 março 2006
Run William run...
Ele faz-me lembrar
Alguém que cortava,
Quando carinho queria dar.
Nas suas formas,
No seu traço,
Conta uma história dificil de imaginar.
Quão vigoroso,
Aquele corpo que em tempos susteve o Mundo,
É agora uma ponte curvada sobre a realidade,
De uma alma dividida,
De mãos amputadas.
Quem tem culpa?
A ociosidade, a vaidade.
Quem lhe dera a ele ter força
Para lutar, para continuar,
Mais um ano, mais um século.
Pudera ele com as suas tesouras cortar as amarras do tempo
E sonhar com a eternidade dos sentidos,
Daquelas tardes no campo,
Aquela ligação à terra,
E a ela...
Dava-lhe eu mãos
Para ele agarrar a vida,
Agarrar a melodia que lhe cortou o coração
Até aqui
Até ela...
Run William run because the time has come...
Alguém que cortava,
Quando carinho queria dar.
Nas suas formas,
No seu traço,
Conta uma história dificil de imaginar.
Quão vigoroso,
Aquele corpo que em tempos susteve o Mundo,
É agora uma ponte curvada sobre a realidade,
De uma alma dividida,
De mãos amputadas.
Quem tem culpa?
A ociosidade, a vaidade.
Quem lhe dera a ele ter força
Para lutar, para continuar,
Mais um ano, mais um século.
Pudera ele com as suas tesouras cortar as amarras do tempo
E sonhar com a eternidade dos sentidos,
Daquelas tardes no campo,
Aquela ligação à terra,
E a ela...
Dava-lhe eu mãos
Para ele agarrar a vida,
Agarrar a melodia que lhe cortou o coração
Até aqui
Até ela...
Run William run because the time has come...
09 março 2006
In a manner of speaking
In a manner of speaking
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing
In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that I feel about you
Is beyond words
Give me the words
But tell me nothing
Give me the words
That tell me everything
In a manner of speaking
Semantics won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel
Might have to be sacrified
So in a manner of speaking
I just want to say
That just like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing.
Give me the words
But tell me nothing
Give me the words
That tell me everything.
NV
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing
In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that I feel about you
Is beyond words
Give me the words
But tell me nothing
Give me the words
That tell me everything
In a manner of speaking
Semantics won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel
Might have to be sacrified
So in a manner of speaking
I just want to say
That just like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing.
Give me the words
But tell me nothing
Give me the words
That tell me everything.
NV
08 março 2006
Paragem
Ele julga que me conhece,
Que me desvenda,
Desde o olhar mais profundo
Até ao passo mais incerto que eu possa dar.
Porém, eu sei
Que lá no fundo só tu me conheces
Só tu sabes encontrar os meus sentimentos,
As minhas ansiedades e desejos...
Que são iguais aos teus...
Procurei em tantos lugares,
Em tantas estações parei,
Para te ver chegar...
Talvez te encontre agora,
Talvez venhas agora...
Será?
Que lhe irá acontecer?
Tenho pena da sua impureza,
Da sua inocencia inconsciente...
Mas vou esquecê-la, se tu assim o quiseres...
Olho para o relógio e vejo
Que é chegado o tempo
Em que a viagem termina
Em que a solidão termina
Em que a ansiedade cresce
Em que a distância apenas sabe sufocar,
Em que o coração só sabe desesperar...
E acordo...
E ainda é noite...
Tudo à minha volta parece ter o teu nome,
A tua presença,
O teu perfume...
Agora vou-me,
Esperando, ansiando
Um encontro,
Um presente,
Um passado,
Um futuro...
06 março 2006
Cayman Islands
Through the alleyways to cool off in the shadows
Then into the street following the water
There's a bearded man paddling in his canoe
Looks as if he has come all the way from the Cayman Islands
These canals, it seems, they all go in circles
Places look the same, and we're the only difference
The wind is in your hair, it's covering my view
I'm holding on to you, on a bike we've hired until tomorrow
If only they could see, if only they had been here
They would understand, how someone could have chosen
To go the length I've gone, to spend just one day riding
Holding on to you, I never thought it would be this clear.
KC
Then into the street following the water
There's a bearded man paddling in his canoe
Looks as if he has come all the way from the Cayman Islands
These canals, it seems, they all go in circles
Places look the same, and we're the only difference
The wind is in your hair, it's covering my view
I'm holding on to you, on a bike we've hired until tomorrow
If only they could see, if only they had been here
They would understand, how someone could have chosen
To go the length I've gone, to spend just one day riding
Holding on to you, I never thought it would be this clear.
KC
05 março 2006
História de um Piano...
04 março 2006
Relato
Choveu,
Já passou algum tempo...
O sol,
O céu,
A liberdade,
A casa,
A noite,
A inveja,
As mãos,
A viagem.
Já sinto saudades...
O regresso.
Voltou a chover,
E será que isso é chover?
Sim...É temporal.
Trovões, raios, relâmpagos,
Electriciade.
Para quê?
Para a seca persistir?
Inveja,
Dúvida, incerteza.
Não é a solidão, não é a chuva...
Sou EU!
Afoguem-me!
Já passou algum tempo...
O sol,
O céu,
A liberdade,
A casa,
A noite,
A inveja,
As mãos,
A viagem.
Já sinto saudades...
O regresso.
Voltou a chover,
E será que isso é chover?
Sim...É temporal.
Trovões, raios, relâmpagos,
Electriciade.
Para quê?
Para a seca persistir?
Inveja,
Dúvida, incerteza.
Não é a solidão, não é a chuva...
Sou EU!
Afoguem-me!
01 março 2006
Perdida
Regresso, por entre cidades abandonadas
Deixadas para trás,
Esquecidas por tudo e por todos...
A existência invade a minha mente
E espero que neste regresso não cometa os mesmos erros.
As saudades, a força calorosa das palavras
Levam à loucura sã dos nossos dias.
Lá respirava-se o ar puro,
A diferença,
A União,
A compreensão...
Aqui respira-se a limitação,
A insensibilidade,
Respira-se a minha incapacidade de adaptação ao mundo...
Respira-se a minha tentativa de ignorar o imundo,
Mas sinto falta...
Sinto falta de outro regresso...
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